O SINTESE foi recebido ontem, 16 de maio, no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE), numa audiência com o conselheiro Luis Alberto Meneses para tratar dos municípios de Aquidabã e Divina Pastora. O sindicato expôs a realidade degradante que as redes municipais de ensino destas cidades estão e pediu fiscalização do tribunal.
Em Aquidabã, o último concurso foi realizado em 2001 e hoje tem uma realidade de mais de cem professores e professoras contratados. Um concurso foi lançado este ano e tem menos de vinte vagas para professor, além de ter diversos problemas identificados no edital. O piso dos professores está defasado e a realidade das escolas é preocupantemente delicada.
Em Divina Pastora, além do piso defasado, acordos feitos com a categoria são descumpridos, o matagal toma as áreas livres das escolas, goteiras se espalham pelos telhados e forros, banheiros não têm portas, a rede elétrica em péssimo estado coloca crianças e trabalhadores em risco o tempo inteiro, a alimentação escolar é irregular e em alguns dias é apenas uma banana.
O conselheiro ouviu as demandas dos diretores do SINTESE e sugeriu que o sindicato elencasse por prioridades e urgências, além de separar por áreas: estrutura física, alimentação escolar, uso de verbas, por exemplo, para poder dar celeridade na apuração, distribuindo as demandas por setores. “O SINTESE faz parte desse sistema de controle social e ele tem muito a ajudar o tribunal na sua tarefa de controle externo, porque muitas das demandas e dos problemas chegam ao nosso conhecimento por esse intermédio”, disse o conselheiro Luis Alberto Meneses. “O Tribunal de Contas está aberto para utilizar de suas ferramentas de resolução de conflitos e crises e também agilizar a resolução dessas demandas”, comentou.
“Vamos finalizar toda a documentação seguindo essa orientação, embora nós entendamos que na educação tudo é prioritário, para que o conselheiro possa acionar os gestores para resolver estas situações”, disse Emanuela Pereira, diretora de Bases Municipais do SINTESE. “A gente precisa realmente da intervenção do Tribunal de Contas, uma vez em que já tentamos de tudo, com o diálogo com os gestores, que se negam a nos atender e atender nosso pleito. Foi muito positivo, mas esperamos que não apenas nos escutem, mas que ajam para encontrarmos a solução para essa realidade calamitosa nas redes de ensino”, completou.
Na segunda, 20 de maio, o SINTESE será recebido pelo conselheiro Ulices Andrade, para tratar de Itaporanga D’Ajuda e Poço Redondo, e o conselheiro Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, para tratar de Barra dos Coqueiros e Carmópolis.
Por: Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe
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