Polícia Civil de Sergipe

Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol)cumpriu o mandado de prisão preventiva contra um homem investigado por um golpe com prejuízo de R$ 200 mil, crime consumado em Sergipe. Ele e um outro homem, que segue sendo procurado, se apresentavam como representantes de instituições financeiras, oferecendo empréstimos milionários.

Preso em Goiás suspeito de aplicar golpe de R$ 200 mil em Sergipe
Polícia Civil|Divulgação

Durante o golpe, os suspeitos simulavam a necessidade do pagamento de uma comissão para viabilizar a liberação do crédito. As vítimas entregavam dinheiro verdadeiro, enquanto os investigados repassavam cédulas falsas. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (7), em Mineiros (GO).

De acordo com a delegada Suirá Paim, as investigações começaram em 20 de dezembro de 2024, quando a vítima procurou o Depatri relatando ter sofrido o golpe. “Os investigados solicitaram que a vítima pagasse essa comissão a título de intermediação para viabilizar a concessão do crédito de R$ 5 milhões junto à instituição financeira”, detalhou.

O golpe foi aplicado enquanto a vítima estava em trânsito pelo país. Após o ajuste do termo de negócios em São Paulo, a vítima recebeu uma ligação de um dos investigados, que já havia conversado com ele anteriormente no Pará, dizendo que o empréstimo de R$ 5 milhões havia sido aprovado, conforme explicou a delegada Lauana Guedes [vídeo mais abaixo].

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Já em Aracaju, foi marcado o encontro em um hotel para o pagamento dos R$ 200 mil. “Lá, a vítima levou o dinheiro verdadeiro, e o golpista, com uma maleta, levou notas falsas. Para enganar, o golpista tirou uma cédula de R$ 200 verdadeira da maleta para simular que o restante também era autêntico”, relatou Lauana.

Ao entregar o dinheiro falso, os investigados disseram que iriam à portaria do hotel, mas não retornaram.

“Quando a vítima olhou a maleta, viu que todas as notas eram falsas, concluindo que havia caído em um golpe”, acrescentou a delegada.

Com o registro do boletim de ocorrência, a Polícia Civil iniciou um inquérito. “O Depatri instaurou o procedimento para identificar os autores e tentar ressarcir o prejuízo. A investigação revelou que ambos são contumazes na prática da troca de dinheiro falso por verdadeiro”, explicou Suirá Paim.

Durante o inquérito, foi constatado que o investigado alegava ter dinheiro de campanha eleitoral e precisava se desfazer da quantia. Ele possui vasta ficha criminal e dois CPFs, sendo que um está suspenso. Por isso, foi solicitada sua prisão preventiva, conforme informou Lauana.

Após diligências, o investigado foi localizado em um hotel em Mineiros (GO). A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia local, cumpriu o mandado de prisão no dia 7. A ação teve o apoio da Dipol de Sergipe.

Em depoimento por videoconferência, o investigado confessou o crime, afirmando que atua há anos nesse tipo de golpe. No caso de Sergipe, revelou ter recebido R$ 80 mil, enquanto o comparsa ficou com R$ 120 mil, segundo Lauana Guedes. As investigações seguem em andamento.

Polícia Civil pede que outras vítimas do investigado procurem o Depatri e registrem boletim de ocorrência. Informações podem ser repassadas anonimamente pelo Disque-Denúncia 181, com garantia de sigilo.