Primeira santa brasileira, Irmã Dulce será canonizada próximo dia 13 de outubro. A prefeitura de São Cristóvão, juntamente com a Igreja Católica, por meio dos Frades Carmelitas, organiza programação especial para a data no município. Para além da programação, a gestão do prefeito Marcos Santana planeja ações que fomentem o turismo religioso local com base na trajetória da freira.
A programação começa dia 10 com missa às 19 horas na Igreja do Carmo, às 19h. No sábado, dia 12, após missa às 19 horas, ocorre vigília na Gruta de N. Srª de Lourdes, no Convento do Carmo, a partir das 21h, com orações, testemunhos e exibição do filme Irmã Dulce. No domingo, a missa de Canonização da Beata Irmã Dulce será transmitida na Gruta de N. Srª de Lourdes, a partir das 05 horas. No mesmo dia, às 17 horas, será realizada missa presidida pelo Arcebispo Dom João José Costa, Arcebispo de Aracaju, na Igreja do Carmo.
A beatificação de Irmã Dulce promete ser um marco no turismo religioso de São Cristóvão. A freira iniciou sua formação religiosa na cidade e tem sua história ligada ao município. A gestão municipal pretende implantar o roteiro turístico religioso com memorial de Irmã Dulce, loja de artigos religiosos, visita guiada ao convento que a primeira santa brasileira frequentou e reconstrução dos sete passos de Dulce ao chegar ao Centro Histórico. Para isso, técnicos de turismo da Prefeitura têm negociado com a Cúria Metropolitana de Aracaju e com a Organização Sociais de Irmã Dulce, em Salvador.
“Nossa cidade tem uma tradição religiosa forte, é quase impossível separar a história da religiosidade e isso está presente em nossa arquitetura, museus, ruas. Irmã Dulce é personagem forte em nossa construção histórica, iniciou sua vida religiosa aqui e deixou um legado de fé e de doação ao próximo que até hoje está presente no Convento do Carmo. Não poderíamos deixar de participar de sua canonização. Organizamos, juntamente com a Igreja, vigília, transmissão ao vivo e café da manhã para receber os fieis”, declarou o prefeito Marcos Santana.
Sobre as ações para desenvolvimento do turismo religioso no município, Marcos afirmou que São Cristóvão já atrai muitos turistas desse segmento por conta da festa de Senhor dos Passos e da procissão do Fogaréu. Na opinião do gestor, a beatificação de Dulce amplia o potencial local, gerando emprego e renda.
“Nós queremos fomentar o turismo religioso na cidade. Estamos montando um planejamento para atrair visitantes para a cidade com esse foco, o que reflete na economia do município, gerando emprego e renda. Trabalhamos para ampliar o memorial de Irmã Dulce e para implantar o roteiro dos ‘sete passos de Dulce’, que retratará a trajetória que ela fez ao chegar a São Cristóvão. Também firmamos parceria com o Sebrae para desenvolver, ainda mais o turismo religioso em São Cristóvão. Temos feito capacitações com comerciantes para que eles se preparem para receber melhor o turista. Já temos dois hostels em funcionamento, por exemplo, para receber visitantes”, informou.
História
Aos 19 anos, Maria Rita se tornou freira, assumindo o nome “irmã Dulce” em homenagem à mãe (Dulce), que havia perdido aos sete anos de idade. Seu pai, Augusto Lopes Pontes, era dentista e professor universitário em Salvador. Irmã Dulce começou a acolher pessoas necessitadas em sua casa aos 13 anos, antes mesmo de se tornar freira. Sua casa, no bairro de Nazaré, se transformou um centro de atendimento para doentes e pessoas em situação de rua, e ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”.
Segundo a ONG OSID, Irmã Dulce se formou como professora em 1933, mesmo ano em que entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão.
Após a canonização Irmã Dulce, passará a ser invocada por Santa Dulce dos Pobres. O processo de canonização de Irmã Dulce foi o terceiro mais rápido da Igreja Católica.
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