A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (28) Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa, em meio a investigações sobre aliciamento violento de eleitores e envolvimento em organização criminosa nas eleições municipais. A ação faz parte da terceira fase da Operação Território Livre, que também resultou na prisão de sua secretária.
A operação, conduzida em parceria com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-PB), cumpriu dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. As investigações se baseiam em materiais coletados nas fases anteriores da operação.
Cícero Lucena, atual prefeito de João Pessoa, tenta a reeleição nas eleições municipais que se aproximam. Ele declarou que sua esposa provará ser vítima de perseguição [nota ao final desta reportagem]. Cícero e Lauremília são pais do deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB).
Aliciamento de eleitores: é a tentativa de influenciar o voto de forma ilegal, caracterizando crime eleitoral.
Nota divulgada por Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa:
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi alvo de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família.
Com sua liderança consolidada em todas as pesquisas, que indicam vitória já no primeiro turno, seus opositores, nos últimos dias, disseminaram boatos pela cidade sobre uma nova operação. A operação realizada hoje, portanto, já era prevista e foi recentemente denunciada no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Eliza Virgínia, que alertou publicamente sobre o uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa.
Na imprensa, nossos adversários divulgaram versões fantasiosas e inverdades com o intuito de manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano. Lauremília não teme as investigações e, na justiça, demonstrará que é vítima de uma grave perseguição política, orquestrada pelos adversários de Cícero, que claramente utilizam sua influência para esse fim.
Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa.
Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi.
João Pessoa não pode e não vai retroceder. As injustiças que, mais uma vez, atingem Cícero e sua família não ficarão impunes. A campanha continuará nas ruas para mostrar que nenhuma força política está acima de Deus e da vontade soberana do povo.
Com informações da Polícia Federal
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