Como NE Notícias informou, agentes da Polícia Federal, com acompanhamento da Controladoria Geral da União (CGU), deflagraram na manhã desta terça-feira, 7, operação sobre o Hospital de Campanha de Aracaju.
De acordo com as investigações, foram constatados sobrepreço. desvio de verbas públicas, fraude em licitação…
Em entrevista coletiva à imprensa, três delegados da Polícia Federal falaram sobre as “irregularidades”:
Nós identificamos que alguns documentos sobre a instalação de gás canalizado não foram entregues e outros estavam incompletos. Observamos também assinaturas que não coincidiam, por isso nós decidimos pedir à Justiça essas mandados para ter acesso a esse material.
As três propostas apresentadas tinham erros de grafia idênticos no texto, o que nos leva a entender que elas foram feitas por uma mesma pessoa”, explicou o delegado Antonio. Os equívocos continuaram “Na proposta vencedora, por exemplo, não estava discriminado as toneladas de refrigeração necessárias para o hospital, o que abre margem para um superdimensionamento do item, com valor elevado, ou subdimensionamento, com oferta de refrigeração que poderia comprometer o atendimento de pacientes e conforto dos profissionais daquela unidade.
Também foi observado sobrepreço no aluguel de contêineres.
A procuradora do Ministério Público Federal Eunice Dantas também estranhou o contrato:
O que logo chama a atenção é a contratação de uma empresa especializada em estruturas para palcos e shows ser contratada para construir uma estrutura hospitalar. É preciso ter qualificação técnica para celebrar um contrato desse.
A especificação do objeto foi falha, inclusive com diferenças na contagem de contêiner; e orçamentos não detalhados, que mesmo sendo contratação emergencial, isso não está dispensado. Desde o início a empresa deveria ser desclassificada.
Eunice Dantas
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