CBMSE

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBMSE) divulgou o resultado do laudo pericial sobre o incêndio em uma mercearia no município de Gararu, que aconteceu no dia 18 de setembro e resultou em três vítimas fatais. “O laudo concluiu que a causa do incêndio foi acidental, proveniente da ação de crianças que estavam no local”, afirmou o major Eanes Alves, perito de incêndio do CBMSE.

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Segundo o major, o incêndio se concentrou em uma pequena sala que ficava no fundo do estabelecimento, com cerca de 4 metros quadrados, que era utilizado como escritório. “Havia uma alta concentração de material combustível no local, inclusive dois botijões de GLP que já haviam sido utilizados, mas não estavam vazios, ou seja, estavam sem o lacre de proteção. Por conta da alta temperatura, um mecanismo chamado de válvula de escape dos dois botijões se rompeu, gerando um intenso vazamento de gás, que potencializou ainda mais a propagação do fogo e dificultou a extinção das chamas”.

O perito explica como foi possível chegar à conclusão no laudo. “A perícia é feita em duas fases. A primeira que é a fase de campo, no local. Depois é feita a fase burocrática de elaboração do laudo. Com todas as informações disponíveis, são traçadas as possíveis hipóteses até chegar a uma conclusão. Nesse caso de Gararu, a partir da dinâmica do incêndio, dos depoimentos, e eliminando todas as outras hipóteses, foi possível classificar como um incêndio de causa acidental”.

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Já a fonte de ignição, não foi possível ser identificada. “Por conta do alto grau de destruição, em virtude da quantidade de material combustível presente, aliado ao fato de que o local foi alterado, lavado antes da perícia, não foi identificada a fonte de ignição, que pode ter sido um fósforo, um isqueiro, ou qualquer outro elemento semelhante”, apontou.

O bombeiro faz ainda um alerta importante sobre prevenção de acidentes envolvendo crianças. “Tão importante quanto o resultado é trazer o alerta para os pais e responsáveis por crianças, para que situações lamentáveis como essa não se repitam. Alguns locais são perigosos e não adequados para a permanência de crianças. Além disso, as crianças devem estar sempre supervisionadas por um adulto e os produtos que possam causar acidentes longe do alcance delas”, concluiu.