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O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) apresentou denúncia contra sete pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do advogado criminalista José Leal de Souza Rodrigues, de 42 anos, e na tentativa de homicídio de seu filho, Guilherme Rodrigues, de 20 anos. Entre os denunciados está a viúva de José Leal, a médica Daniele Barreto.

Carro do advogado criminalista Lael Rodrigues crivado de balas
Sandoval Siqueira|Redes sociais

Os acusados foram denunciados pela prática de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificado. Além disso, o MP solicitou que os réus sejam condenados a pagar indenização por danos morais aos familiares e herdeiros da vítima.

A Justiça havia convertido as prisões temporárias dos suspeitos em preventivas, levando à transferência dos sete denunciados para unidades prisionais no último dia 10 de janeiro.

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Dinâmica do crime

José Leal foi morto em uma emboscada a tiros no dia 18 de outubro de 2024, em Aracaju, enquanto voltava para casa no bairro Jardins. Ele havia saído para comprar açaí a pedido da esposa. Durante o trajeto, o advogado e o filho foram seguidos por um veículo Polo branco, que coordenava dois homens em uma motocicleta. As investigações indicaram que os criminosos aguardavam o momento exato para agir, utilizando informações privilegiadas sobre a rotina da vítima.

Câmeras de segurança foram determinantes para desvendar o caso. As imagens mostram o carro estacionado em frente ao condomínio de José Leal, monitorando sua saída. Segundo a delegada Juliana Alcoforado [veja mais abaixo], os veículos envolvidos já circulavam pela área antes do crime e agiram com precisão no instante em que o advogado pegava o elevador para sair com o carro.

Daniele Barreto e José Lael
Daniele e Lael – Reprodução

No ataque, seu filho também foi atingido, mas sobreviveu. A motivação do crime, segundo as investigações, estaria relacionada a desconfianças envolvendo Daniele Barreto, além de questões financeiras em torno de um possível divórcio.

O caso ganhou ampla repercussão nacional, destacando o uso de imagens de segurança como prova central na apuração do crime.

Daniele Barreto nega envolvimento no assassinato.

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