Gilmar Carvalho, Deputado Estadual

Cheguei em Aracaju em 1995, contratado para dirigir o jornalismo da Rede Jornal de Comunicação, que na época tinha emissoras de TV e de rádios na capital e no interior.

Em 1998, comecei a exercer o primeiro mandato como deputado estadual.

Passei longo tempo criticando o empresário Luciano Barreto, dono da Construtora Celi. Não o conhecia, mas já tinha profunda amizade com Dr. Vagner, proprietário da rede de clínicas Diagnose e hoje do Hospital Primavera, genro de Luciano.

Assessoria

Durante todo o período em que o critiquei, que fiz verdadeira campanha negativa, no rádio e no Parlamento, Dr Vagner, embora já um grande amigo, desde os primeiros dias de minha chegada a Aracaju, conversando comigo todas as semanas, jamais me pediu, ou até mesmo fez uma simples pergunta sobre as críticas que eu fazia ao seu sogro.

Soube depois que ele nada falava comigo sobre as críticas a pedido do sogro.

Somente depois de longo tempo, vi Luciano pela primeira vez, em uma entrevista que realizei com o empresário na rádio Jornal AM.

Aos poucos, fomos construindo uma sólida amizade, relação que se tornou depois, aos poucos, como se fosse de pai para filho. Desde quando trabalhava na Ilha FM, eu dizia publicamente que Luciano era (e continua sendo, cada vez mais) como se fosse meu segundo pai.

Revelei esse meu sentimento e gratidão várias vezes à minha família, com a responsabilidade de quem, minha mãe, desde a morte de meu pai, disse ao lado do caixão: “meu filho, com a partida de seu pai, você nunca esqueça de que é meu filho e irmão e pai de seus irmãos”.

Luciano Barreto nunca me criticou pelo trabalho que fiz quando não o conhecia, jamais me pediu para criticar quem quer que seja, nunca interferiu no meu trabalho, nas minhas amizades, nas minhas decisões pessoais e públicas.

Para não ir muito longe, quem o procurou várias vezes para ter meu modesto apoio nas eleições de 2018, sabe bem disso.

Jamais esqueço do dia em que o recebi no aeroporto, em Aracaju, destroçado pela morte de Luciano Barreto Jr, seu querido filho, e sei o quanto aquela dor eterna tem representado para sua vida.

Certa vez, ouvi de um amigo: “Luciano não é apenas amigo, ele sente nossas dores, participa de nossa luta para a solução de problemas, como se esses problemas fossem seus”.

E isso, apenas orientando, se envolvendo, conversando, sem recorrer ao dinheiro.

Sei que, para quem não conhece, pode até ser difícil acreditar, mas esse é Luciano Barreto, dono da Construtora Celi.

Não critico quem o critica, mas eu e ele sabemos porque o considero meu segundo pai.