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Em uma das primeiras decisões da gestão de Magda Chambriard à frente da Petrobrás, a companhia anunciou na noite desta sexta-feira (28) que não levará adiante o contrato de Industrialização por Encomenda (Tolling) firmado com o Grupo Unigel para a reativação das fábricas de fertilizantes da Bahia e de Sergipe.

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard
Rafael Pereira|Agência Petrobrás

Segundo a petroleira, o acordo não teve suas condições de eficácia atendidas dentro do prazo estabelecido e, portanto, teve sua vigência encerrada antes mesmo de surtir seus efeitos.

Para lembrar, em dezembro do ano passado, a Petrobrás e a Unigel anunciaram a assinatura do contrato de tolling. O acordo previa um pagamento de R$ 759,2 milhões da petroleira ao grupo petroquímico pela prestação de serviços de industrialização, armazenagem, expedição e pós-venda de ureia, amônia e Arla. Em março deste ano, a Unigel anunciou que faria 255 demissões de funcionários nas fábricas de fertilizantes e paralisou novamente a operação das plantas.

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A possível parceria entre as duas empresas gerou contestações do Tribunal de Contas da União (TCU), que chegou a alegar que o contrato poderia resultar em prejuízo de R$ 487,1 milhões no prazo de oito meses para a Petrobrás. Pelo acordo de tolling, a Unigel seguiria atuando como operadora das unidades. O fornecimento de gás natural, utilizado como insumo, ficaria a cargo da Petrobrás. Já os fertilizantes produzidos seriam comercializados para a estatal.

A Petrobrás disse em comunicado que segue na análise de uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro. “Como já informado ao mercado, a Petrobrás prevê a reorganização de suas operações no segmento de fertilizantes no âmbito de seu Plano Estratégico 2024-2028”, concluiu a empresa.

Esta postagem foi originalmente publicada por Petronotícias