O início das aulas da rede municipal de ensino de Itabaiana, que estava previsto para o dia 17 de fevereiro de 2025, foi adiado para 6 de março do mesmo ano. A decisão foi explicada pelo secretário de Educação, Eder Andrade, que apontou problemas logísticos como a principal razão para a alteração no calendário escolar.
De acordo com o secretário, o atraso ocorreu devido a questões relacionadas à licitação da merenda escolar. A empresa vencedora da licitação não entregou a documentação necessária e não atendeu às exigências do processo. Por essa razão, o município decidiu desconsiderar essa empresa como primeira colocada e iniciará os trâmites com a segunda colocada. Esse processo demanda novos prazos e burocracia, o que impactou diretamente o início das aulas.
Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (13), a representante do Sintese, Rita de Cássia, expressou preocupação com o adiamento. Ela informou que foi notificada sobre a mudança na data do início das aulas e destacou que a situação gera insegurança, principalmente porque as crianças estão em casa desde dezembro. Rita explicou que a gestão municipal justifica o adiamento principalmente devido ao problema com a merenda escolar, e também apontou dificuldades relacionadas à agricultura familiar, que fornece 30% dos alimentos utilizados na merenda. A cooperativa fornecedora dos produtos enfrenta problemas judiciais, o que resultou no bloqueio de bens, dificultando a entrega de alimentos para a rede municipal.
Sobre os contratos para os aprovados no Processo Seletivo, Rita informou que, de acordo com a gestão, os contratos já estão sendo finalizados para os aprovados, e todos os trâmites estão sendo realizados conforme o planejado. Em relação ao kit escolar, Rita de Cássia afirmou que a empresa vencedora da licitação deste ano entregará todo o material de uma vez, ao contrário do ano passado, quando os itens foram entregues por etapas. “Não tem como o município dizer que no dia 6 de março esses kits escolares não estarão prontos. Aí já é demais”, declara.
Quanto ao impacto do adiamento no calendário escolar, Rita expressou preocupação com a aprendizagem dos alunos e com a necessidade de reduzir a quantidade de sábados letivos. O calendário de 2025 prevê 200 dias letivos, e o sindicato está buscando soluções para minimizar o uso de sábados a fim de garantir que o ano letivo aconteça de forma adequada.
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