Ibama

Com objetivo de coibir a pesca ilegal no mar territorial do litoral de Sergipe, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu embarcações carregadas de camarão-rosa (Farfantepenaeus subtilis), camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) e camarão-branco (Litopenaeus schmitti). Os crustáceos estavam sendo capturados por meio de arrasto motorizado em área proibida.

Ibama apreende embarcações irregulares em Sergipe
Embarcação utilizada na pesca de arrasto motorizado|Divulgação

Operação Arrasto II, realizada entre os dias 24 e 28 de março, utilizou aeronaves remotamente pilotadas (RPA)para garantir o sucesso da fiscalização e permitir identificar embarcações envolvidas na pesca ilegal. Os barcos identificados foram apreendidos, e os infratores foram notificados para que apresentem mais informações necessárias às análises e desdobramentos das autuações.

Consequências dessa prática ilegal

A pesca de arrasto é uma prática criminosa quando ocorre a menos de duas milhas náuticas da costa, o que equivale a aproximadamente 3.700 metros. Nela, os pescadores utilizam uma rede em forma de funil, arrastando-a na água por meio de embarcações motorizadas.

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Essa restrição existe para proteger os ecossistemas marinhos, garantir a sustentabilidade dos estoques pesqueiros e evitar danos irreversíveis à biodiversidade.

“A delimitação de áreas de exclusão para a pesca com redes de arrasto por embarcações motorizadas tem como objetivo proteger as espécies que utilizam esses ambientes para alimentação, abrigo e reprodução, promover a recuperação dos estoques pesqueiros, minimizar a captura incidental de espécies não alvo, bem como evitar conflitos com pescadores artesanais”, explica Maria Cristina Miranda Coelho, chefe da Diretoria de Fiscalização do Ibama em Sergipe.

A cadeia alimentar marinha é complexa, e a prática ilegal da pesca do camarão pode afetar gravemente a população de peixes, comprometendo o equilíbrio ecológico. Como consequência, pescadores artesanais e comunidades costeiras que vivem da pesca também são prejudicados, ampliando os impactos socioeconômicos da atividade irregular.

O Ibama segue intensificando suas ações de monitoramento e fiscalização na região para coibir práticas ilegais que ameaçam a fauna e a economia pesqueira. A colaboração da sociedade e dos pescadores é essencial para garantir a manutenção dos recursos naturais e a sustentabilidade da atividade pesqueira na costa brasileira.