A falta de uma política consistente de concursos na educação municipal foi um dos temas centrais discutidos pelo mandato popular de Camilo Daniel (PT) nesta quinta feira, 09, na Câmara Municipal de Aracaju. “Nós completamos hoje o décimo terceiro ano sem concurso público. Mais de 30% do quadro de professores do município são frutos do processo seletivo.” Camilo reforçou ainda que se trata de valorizar o trabalhador da educação como servidor público. “O que queremos é que esses trabalhadores tenham plano de cargos e carreiras e isso se dá com concurso público”.
Segundo estudos do Sindipema (Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju), os 13 anos sem concurso público prejudicam a qualidade na educação, pois não são realizados planejamentos a médio e longo prazos. Outro prejuízo está relacionado à falta de vínculos que o professor não constrói com a comunidade escolar já que não permanecem mais tempo nesses espaços, que criariam caso fossem concursados.
Compromisso geracional
Utilizando a sua própria trajetória como exemplo, Camilo destacou que há uma geração que não teve oportunidade de fazer concurso para dar aula em sua própria cidade. “Me formei em 2014 e até hoje em pleno 2023 eu não prestei concurso público. Nem em Aracaju nem no Estado que está há 10 anos sem concurso. Isso é o maior desrespeito com a minha geração. O que nós observamos hoje é que eu tenho muitos amigos que se formaram comigo que passam em concurso na Bahia, em Pernambuco, em Alagoas, na Paraíba e não passam em um concurso em seu estado porque não tem”.
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