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Uma grave denúncia de fraude em licitação e formação de quadrilha envolvendo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (EMSURB) veio à tona, expondo um esquema criminoso na licitação do lixo em Aracaju.

Documentos obtidos e analisados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo Tribunal de Justiça (TJ) confirmam a existência de irregularidades que comprometem a lisura do processo e levantam suspeitas sobre a atuação da gestão municipal.

Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) de Aracaju
PMA|Divulgação

A fraude ficou evidente quando a empresa Aksa Serviços apresentou sua planilha de custos durante a Dispensa de Licitação 027/2025. No meio da apresentação, um detalhe chocante foi descoberto: uma das planilhas apresentada pela empresa continha o timbre da própria EMSURB, órgão responsável pelo certame. O documento, que supostamente foi entregue em envelope lacrado e protocolado, foi atestado pelos servidores José Augusto Feitosa Magalhães Carneiro e Carlisson Sampaio Ferreira, por meio de assinatura eletrônica, reforçando as suspeitas de direcionamento da licitação para beneficiar as empresas contratadas.

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O TCE, que já havia determinado uma auditoria externa em razão de irregularidades e descumprimento de decisões judiciais e administrativas por parte da EMSURB, ainda não se manifestou acerca dos novos fatos.

Contudo, as informações preliminares indicam a possível existência de uma quadrilha atuando dentro da EMSURB, entidade atualmente presidida por Hugo Esoj. A associação criminosa atua à margem da lei beneficiando determinadas empresas em detrimento das demais concorrentes, ignorando determinações judiciais e ferindo os princípios da impessoalidade e transparência na administração pública.

A revelação desse escândalo levanta questionamentos sobre a credibilidade dos processos licitatórios conduzidos pela EMSURB na atual gestão e impõe a necessidade de investigação aprofundada por parte das autoridades competentes.

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O caso deve ser acompanhado de perto, pois trata-se de um esquema que pode ter desviado milhões dos cofres públicos, comprometendo os serviços essenciais de limpeza urbana e impactando diretamente a população de Aracaju.

A sociedade aguarda posicionamento do Ministério Público e das demais instâncias judiciais para que os envolvidos sejam responsabilizados e a transparência volte a prevalecer na administração municipal.

Por Jornal Sergipe Verdade

Jornal Sergipe Verdade