Continua repercutindo o relatório da Polícia Federal sobre a investigação que levou à denúncia de três deputados do PL pela PGR. O documento, utilizado pela Procuradoria para embasar a denúncia, aponta o que cada um dos envolvidos teria feito no esquema de corrupção.
O jornalista Fabio Serapião, em sua coluna publicada nesta quinta-feira (6) no site Metrópoles, detalhou a atuação dos parlamentares, que foi descrita pela PF como uma “organização criminosa”. Conforme publicado pelo NE Notícias, o ex-prefeito Eudes Sampaio (PP) confirmou à PF que foi vítima de extorsão por parte dos envolvidos.
![Deputado Bosco Costa (PL)](https://www.nenoticias.com.br/wp-content/uploads/2021/07/bosco-costa-deputado.jpg)
De acordo com a investigação, entre janeiro e agosto de 2020, o grupo solicitou propina de R$ 1,66 milhão como contrapartida para a destinação de R$ 6,67 milhão em recursos públicos federais ao município de São José do Ribamar (MA).
A PF aponta Josimar Maranhãozinho (PL-MA) como líder da organização, enquanto Bosco Costa era responsável por negociar diretamente com lobistas para a captação e o desvio de dinheiro, segundo informações publicadas por Fabio Serapião [leia aqui].
Bosco Costa
Apesar de ter sido eleito por Sergipe, Bosco Costa estaria encaminhando emendas para o Maranhão. Segundo a PF, esse estado pode ter se tornado um “paraíso” para o desvio de emendas parlamentares.
De acordo com o relatório da corporação, o deputado, natural de Itabaiana (SE), destinou R$ 4,1 milhões em emendas parlamentares para o município de São José do Ribamar. O nome de Bosco Costa aparece em uma das anotações obtidas pela PF ao lado dos valores R$ 4.123.000 e R$ 1.030.750.
E agora?
Ontem (5 de fevereiro), o ministro Cristiano Zanin, relator do caso, determinou que a acusação seja levada a julgamento na Primeira Turma do Supremo.
“Inclua-se o feito em pauta de julgamento, a fim de que se delibere sobre a denúncia ofertada pela Procuradoria-Geral da República e sobre os demais pedidos”, diz a decisão do ministro do STF.
O processo segue em sigilo, e os deputados investigados não se manifestaram publicamente sobre o caso.
Este espaço permanece aberto para manifestações das partes interessadas sobre o assunto.
Com informações de Fabio Serapião, Metrópoles
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