Um banho de sangue simbólico na porta do Palácio do Governo cobrou o lockdown em Sergipe com renda para os trabalhadores, na manhã desta segunda-feira (22/6), dia dedicado à luta por ações mais radicais para derrotar o Coronavírus, pelo Fora Bolsonaro e eleições gerais já.
Contra a abertura do Comércio em Sergipe, sem nenhuma medida eficaz para reduzir a contaminação por Covid-19, manifestantes das Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, CUT, CTB, Conlutas e UGT caminharam embaixo da chuva desde o Terminal do DIA até a frente do Palácio do Governo, onde cobraram a responsabilidade pela morte de mais de 462 sergipanos e pelos 18.985 contaminados por Coronavírus.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva, afirmou que o governo Belivaldo será o responsável pelo banho de sangue em Sergipe neste momento em que prioriza o lucro em detrimento da vida e decide flexibilizar o isolamento com a abertura do comércio em Sergipe.
“Não tem testagem em massa, não tem medição de temperatura, não tem controle na entrada das empresas, ou seja: não tem, por parte do governo, nenhuma medida de proteção àqueles que têm se aglomerado dentro dos ônibus para trabalhar aumentando a contaminação por Covid no nosso Estado de forma assustadora. É a vida das pessoas que está em jogo. Por isso aqui não é nenhuma ‘depredação do patrimônio público’, é um simbolismo para denunciar o banho de sangue de verdade, o sangue das pessoas que estão morrendo todos os dias”, denunciou o presidente da CUT/SE, Roberto Silva.
O presidente da CUT/SE também afirmou: “nosso protesto cumpriu o objetivo de chamar a atenção do governo que não quis ouvir o movimento sindical e só ouviu os empresários para tomar esta medida insana de reabertura do comércio colocando em risco a vida de todos e todas”.
Dirigentes da CUT/SE, a secretária de Relações do Trabalho da CUT/SE, Caroline Santos, a secretária de Organização Política e Sindical, Joelma Dias, a secretária da Mulher Trabalhadora, Cláudia Oliveira e o secretário de Comunicação da CUT/SE, Plínio Pugliesi, participaram do protesto e junto aos demais manifestantes gritaram na porta do Palácio do Governo: “Chega de hipocrisia, abrir o comércio é genocídio todo dia”.
Sob os primeiros raios de sol desta segunda-feira, trabalhadores e estudantes do movimento social e sindical chamaram a atenção da população com a colagem de cartazes nos terminais da Atalaia, Maracaju, UFS, Mercado e Centro.
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