Na segunda-feira, 18 de março, foi emitida uma decisão no Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) esperada há nada mais nada menos que 24 anos. A decisão proferida pelo desembargador Luiz Mendonça (foto) põe fim ao processo coletivo das URVs e encaminha os créditos de 507 servidores para os precatórios.

O processo atravessou diversas gestões do TJSE e do Sindijus e, durante esse período, fez crescer a lista de servidores que faleceram lutando por esse direito.

Amase / Divulgação

O julgamento aconteceu na execução coletiva n° 200300108302, que corresponde ao crédito dos servidores prejudicados durante a conversão salarial pela Unidade Real de Valor (URV) em 1994. Nessa ocasião, não somente os servidores foram prejudicados, mas diversas trabalhadoras e trabalhadores em todo o país. Parte deles ainda luta pelo recebimento desses valores.

Para que ocorresse a solução do caso que se estendia há mais de duas décadas, o Estado reconheceu que tem a dívida de R$ 55,8 milhões, atualizados até agosto de 2017, com 507 trabalhadores do Judiciário que foram prejudicados com redução salarial em decorrência das URVs, no período de 1994 a 1999. Contudo, ainda falta a atualização completa do valor e estender a mesma decisão aos 92 servidores que estão separados. Com isso, o valor total da quitação dos prejuízos causados aos servidores ainda pode chegar à casa de R$ 83 milhões.

Em matéria publicada no site do TJSE, o desembargador Luiz Mendonça reforçou o seu comprometimento com esse processo e que a decisão de aceitar os cálculos do Estado, tomada pelos credores da última assembleia da categoria, foi decisiva para chegar ao desfecho. “Enfim, foi encerrado um processo de muitos anos. Foram muitos recursos interpostos, quando a execução chegou ao meu gabinete, dei prioridade na tramitação, e as partes também contribuíram para a celeridade com o acordo realizado em relação aos cálculos”, pontuou.

O coordenador de Assuntos Jurídicos do Sindijus, Plínio Pugliesi, pontua fatores que foram decisivos para a conquista. “A nossa sociedade é dividida em exploradores e explorados, que tem as desigualdades encravadas na sua essência, nesse contexto a justiça para a maioria não acontece de maneira natural, precisa ser lutada e conquistada. O encerramento desse caso, que tem impactos financeiros de tanto peso, só foi possível devido à organização política da categoria e ao empenho de todos os companheiros que dirigiram o sindicato durante os 24 anos dessa luta. Nas últimas etapas do processo, buscamos conduzir com transparência total, discutindo todas as decisões relevantes em assembleia. Também contamos com a tramitação prioritária, assegurada por lei, que foi garantida no gabinete do desembargador relator,” registra.

PSDB / Arquivo

Seguindo o que estabelece o calendário nacional da sigla, o PSDB Sergipe realizará de 29 de março a 01 de abril as convenções dos diretórios municipais.

Em Aracaju, a Convenção Municipal acontecerá no dia 29, das 9h às 17h, na sede do Diretório Estadual do partido, localizado na rua Frei Paulo, 444, bairro Suíssa.

Carlos Moura / STF

O pessoal do Vem Pra Rua está colhendo assinaturas de senadores para que o Senado analise o pedido de impeachment do ministro do STF Gilmar Mendes.

A decisão é do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

10 senadores já assinaram o documento:

1. Jorge Kajuru

2. Luis Carlos Heinze

3. Oriovisto Guimarães

4. Lasier Martins

5. Alvaro Dias

6. Capitão Styvenson

7. Eduardo Girão

8. Alessandro Vieira

9. Randolfe Rodrigues

10. Major Olímpio

Pixabay

O governo do Estado inicia o pagamento referente ao mês de março neste sábado, dia 30. Recebem nessa data servidores com vínculo efetivo ativos, aposentados e pensionistas com vencimentos até R$ 3.000. 

Servidores efetivos do SergipePrevidência, Ipesaúde, Segrase, Agrese e Secretaria de Educação lotados em escolas recebem integralmente também no sábado.

No dia 12, recebem os demais servidores ativos, aposentados e pensionistas cujos vencimentos estão acima de R$ 3.000. Já a terceira parcela do saldo remanescente do décimo terceiro de 2018, será paga no dia 15.

Tânia Rergo / Agência Brasil

O governo federal anunciou nesta segunda-feira que irá destinar parte dos recursos do fundo social do pré-sal para estados e municípios. Atualmente, o fundo social, formado por royalties e participações especiais do governo, fica com a União.

O valor que será repassado aos estados e municípios ainda não foi definido, mas a possibilidade que o valor possa chegar a 70% dos R$ 17 Bi do Fundo Social em até 20 anos. Esses R$ 17 bilhões ainda são uma projeção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para os recursos obtidos com a exploração do óleo este ano. Hoje, 100% do Fundo Social pertence à União.

Os recursos poderão ajudar a diminuir a caótica situação financeira do estado e de municípios.

Pedro França / Agência Senado

Está prevista para esta terça-feira, 26, a leitura do requerimento de criação da chamada CPI da Lava Toga, no plenário do Senado.

A promessa foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ao autor da propositura, senador Alessandro Vieira, em conversa que durou quase duas horas na noite da última sexta-feira.

O site Antagonista avaliou que é possível que, para que a CPI não seja enterrada pela segunda vez, sobrem três ou quatro dos 13 pontos sugeridos para investigação. “A proposta tende a ser bastante esvaziada, mas, com 29 assinaturas — duas a mais do que as necessárias –, não haverá novo arquivamento”, disse o site.

Após leitura, os senadores que integrarão serão indicados e comporão a equipe que investigará pontos descritos na proposta.

SES / Arquivo

No final da tarde deste domingo, 23, uma criança de 7 anos de idade foi atingida por raio na cidade de Itabaianinha.

No bairro Avenida, a criança brincava na porta de casa quando foi atingida por descarga elétrica.

Socorrida pelo SAMU, a criança foi reanimada e levada para o Hospital e Urgência – HUSE.

Rosinei Coutinho / STF

Alguns senadores que apoiam a CPI Lava Toga, proposta por Alessandro Vieira (PPS-SE), falam em trocá-la pelo impeachment de Gilmar Mendes, ministro do Supre Tribunal Federal.

De acordo com o jornal Valor Econômico, esses senadores veem a medida como uma forma de compensação.

“Um dos principais articuladores da criação da comissão diz que o impeachment de Gilmar ‘acalmaria os ânimos’ na Casa. O impedimento do magistrado seria menos estridente que uma CPI sobre os tribunais superiores como um todo, diminuindo a crise institucional instalada no Congresso.”

Pixabay

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está realizando hoje (24), em 15 estados, o bloqueio de telefones celulares sem certificação. Vão deixar de funcionar os aparelhos que não têm o selo de certificação da agência, que garante a compatibilidade com as redes de telefonia no Brasil.

Estão sendo bloqueados aparelhos irregulares em São Paulo e Minas Gerias, nos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe); e em quatro estados da Região Norte (Amapá, Amazonas, Pará e Roraima).

O bloqueio nesses estados é a última fase do cronograma do Projeto Celular Legal, iniciado em setembro. A Anatel enviou 531 mil mensagens de aviso de desligamento a celulares irregulares.

Pela segunda vez este ano, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) protocolou pedido de instauração de CPI para “investigar condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do STF e dos demais tribunais superiores do País”. Basicamente, pretende averiguar decisões de ministros das cortes superiores, questionando o mérito dos julgados, causas de suspeição e o uso do pedido de vistas.

Geraldo Magela / Agência Senado

O nome fantasia da manobra é “CPI da Lava Toga”, infame golpe de marketing para dar a impressão de que o Judiciário padece dos mesmos males apurados na Operação Lava Jato. Capcioso no nome, o pedido é ilegal e inconstitucional.

Ilegal porque ofende o regimento interno do Senado, que diz que “não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes: (…) às atribuições do Poder Judiciário (artigo 146)”. A proibição é literal. Dispensa comentários.

A inconstitucionalidade do pedido é igualmente flagrante, mas com ares de farsa. De início, o requerimento sustenta que a fiscalização dos tribunais é de responsabilidade do Senado, “conforme preceitua o inciso IV, art. 71 da Constituição da República”.

Ocorre que o inciso IV não diz nada disso. Prevê apenas que o Senado poderá fazer “inspeções e auditorias de natureza contábil financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário”. Ou seja, possui competência constitucional só para auditar aspectos administrativos das unidades do Judiciário, não podendo, jamais, questionar o que ele julga.

O requerimento, além de deturpar dispositivo constitucional, cita equivocadamente trecho de decisão do ministro Celso de Mello, desvirtuando completamente seu sentido. Um pedaço entrecortado de uma frase contida em voto no HC nº 79.441, de 1999, é transcrito pelo parlamentar para transmitir a falsa impressão de que o ministro admite a competência de CPI para investigar atos jurisdicionais de magistrados.

No citado voto, Celso de Mello prega exatamente o contrário. O voto foi proferido no âmbito da “CPI do Judiciário”, instaurada para apurar, como foco principal, ilegalidades administrativas na construção do prédio do TRT-SP. Em sua manifestação, o ministro afirmou “que se revela constitucionalmente lícito”, a uma CPI, apurar “atos de caráter não-jurisdicional emanados do Poder Judiciário”, deixando bem claro que tal competência “não se estende e nem abrange os atos de conteúdo jurisdicional”.

Além de ilegal, a CPI requerida busca atacar o princípio da independência funcional dos juízes, essencial para a democracia. É condição primordial para o funcionamento da Justiça que o magistrado tenha liberdade para decidir de acordo com suas convicções jurídicas, sem que seja prejudicado por suas manifestações, conforme reza a Lei Orgânica da Magistratura.

O Judiciário certamente tem problemas que merecem ser debatidos e solucionados, mas não por uma CPI torta. Enquanto agir ao arrepio da lei e pautado pela ineficiência, demagogia e sensacionalismo, o Legislativo continuará sem credibilidade. E longe do exercício de sua nobre missão.

José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua

Advogados criminalistas e membros do Instituto de Defesa do Direito de Defesa