Não é surpresa para ninguém que, além de ter sido líder do então presidente da República, Michel Temer (MDB), no Congresso Nacional, André Moura (PSC) era homem de confiança do então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Em seu livro de memórias (Tchau, Querida – O Diário do Impeachment), Eduardo Cunha diz que o relator de seu processo de cassação de mandato, Fausto Pinato (PP-SP), queria arquivar o pedido de cassação.
Segundo Cunha, André Moura era seu interlocutor com Pinato. Ainda de acordo com Eduardo Cunha, André lhe disse que Fausto Pinato queria R$ 5 milhões para arquivar.
Está no livro:
“Não posso afirmar se ele pediu ou não o dinheiro, se o valor era esse ou diferente – Moura poderia estar se aproveitando da situação. Mas, como era um dos mais ligados a mim, eu estava, a princípio, acreditando no que ele falava. Hoje, tenho dúvidas se André Moura não estava participando da tentativa de extorsão de Pinato”.
Tchau, Querida – O Diário do Impeachment
O ex-deputado André Moura nega: “Garanto que jamais houve esse pedido e que jamais levei tal demanda ao Senhor Eduardo Cunha”. Declaração do ex-deputado ao Blog do Max.
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